Aconteceu na quarta-feira, 17/04, o Seminário Os Impactos da Lei Geral de Proteção de Dados na Saúde, com a presença de algumas das mais importantes lideranças do setor saúde, entre elas o presidente do Instituto Coalização Saúde, Claudio Lottenberg, e o vice-presidente da instituição, Giovanni Cerri.
Claudio Lottenberg compôs a mesa de abertura do evento, ao lado de Ruy Baumer, Diretor Titular do ComSaude Fiesp; Claudia Cohn, Presidente da Abramed; Eduardo Amaro, Presidente da Anahp; e Luis Gustavo Kiatake, Presidente da SBIS.
Giovanni Cerri, além de atuar como moderador da mesa “Impactos da LGPD para o setor de saúde: Como as instituições estão se preparando?”, também integrou o painel de encerramento.
Em entrevista ao programa Direto da Redação, Giovanni Cerri ponderou sobre como implantar a nova lei num país com cenários – econômicos e tecnológicos – tão distintos. “As instituições mais preparadas, mais estruturadas, vão pode implementa-la – porque têm grandes equipes de T.I”, afirmou. “O problema é que a saúde no Brasil tem extremos – há unidades de saúde que não são informatizadas, farmácias que não têm computador. Ou seja, como implementar essa lei, num prazo relativamente curto, em instituições que não têm recursos financeiros e tecnológicos?”
O objetivo do evento foi reunir especialistas para tratar do impacto da nova Lei Geral de Proteção de Dados no setor saúde, buscando entender como hospitais, laboratórios, planos de saúde, indústria e agência reguladora do setor estão se preparando para este momento.
Também ao programa Direto da Redação, a CEO do ICOS Denise Eloi afirmou que a Lei Geral de Proteção de Dados “traz um grande desafio para o sistema”. E ressaltou a preocupação e os esforços da instituição para colocar a questão em pauta. “Esse já é o segundo evento que o ICOS traz essa discussão, com toda a cadeia produtiva de saúde”, disse. “É importante que todos os players se empoderem desse processo – não somente se preparando para se adaptarem a essa nova lei, mas também que eles possam, de uma forma organizada, envolver e comunicar a população, os usuários do sistema de saúde”
A lei passa a vigorar em agosto de 2020.