Francisco Ballestrin ( Icos), o economista Samuel Pessoa e Claudio Lottenberg, presidente do Icos
Realizado em São Paulo no início de março, o debate “Financiamento da Saúde no Brasil: o cenário atual e os desafios para as próximas gerações” reuniu lideranças do Instituto Coalizão Saúde (ICOS) e do Centro de Debates de Políticas Públicas (CDPP) . A mesa foi mediada pelo economista Samuel Pessôa e contou com as apresentações de Claudio Lottenberg, presidente do ICOS, e de Francisco Balestrin, presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados e conselheiro do ICOS.
Em sua fala de abertura, Lottenberg alertou para a necessidade de se integrar a assistência à saúde de uma maneira mais “lógica, processual e holística”, como forma de melhorar o atendimento e racionalizar os custos. Também fez críticas ao atual modelo remuneratório, que muitas vezes “premia o desperdício”. Lottenberg defendeu, entre outros pontos, a criação de carreiras de estado para a saúde e a necessidade de incentivar o desenvolvimento de quadros técnicos, capazes de fazer a gestão e as reformas no setor sem que sejam afetados diariamente pelas políticas de turno.
Francisco Balestrin fez uma apresentação sobre questões estruturais e de gastos em saúde ao longo do tempo, comparando a situação no país ao longo do tempo e em comparação com outros países. Explicitou o baixo investimento que é feito em saúde no Brasil. “O que nós gastamos em saúde no Brasil é aquilo que os EUA gastam exclusivamente em um determinado grupo patológico”, afirmou, citando dados sobre programas ambulatórias e de prevenção de demências como o Alzheimer nos Estados Unidos.
Depois das apresentações, foi aberta a rodada de perguntas e debates para todos os participantes, que questionaram e propuseram formas de melhorias nas formas de financiamento do setor de saúde no país.
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