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O presidente do ICOS, Cláudio Lottenberg

 

Realizado na manhã de 25 de outubro, em São Paulo, o Fórum Internacional Saúde e Competitividade – A saúde como ativo estratégico nas organizações, reuniu lideranças da cadeia produtiva do setor e importantes representantes da indústria catarinense. Durante o evento, organizado pelo Instituto Coalizão Saúde e pela FIESC, foram ressaltados a importância da promoção da saúde do trabalhador e da população e os meios que os diferentes agentes possuem para contribuir neste processo.

Em sua fala de abertura, o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, afirmou que tem como “objetivo estimular o diálogo, para que saúde, bem-estar e segurança no trabalho sejam temas permanentes e de relevância crescente na pauta dos líderes empresariais”. “Precisamos reunir forças para mudar a realidade que temos e construir ambientes de trabalho cada vez mais saudáveis. Acreditamos que saúde é um bom negócio, em que todos ganham”, afirmou.

Presidente do Instituto Coalizão Saúde, Claudio Lottenberg afirmou ser um “privilégio” participar do evento. “A saúde tem papel representativo na assistência, no atendimento, no cuidado às pessoas e na inclusão social. Mas representa sobretudo uma oportunidade na geração de empregos e na questão da oportunidade de inovação”, disse. “O brasil vai ultrapassar as dificuldades econômicas momentâneas, mas as questões da saúde são problemas que teremos que administrar sistematicamente, não apenas agora, mas para sempre. Tenho certeza que vamos sair melhor deste encontro do que entramos”, afirmou Lottenberg, dando boas vindas a todos os presentes.

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 Giovanni Guido Cerri, vice-presidente do ICOS

 

Vice-presidente do ICOS, Giovanni Guido Cerri, ressaltou a importância de que se trabalhe de forma unida e articulada e que se priorize a promoção da saúde. “Esse avanço [na saúde] só será feito com união. Muitas vezes ouvimos, nos últimos anos, um discurso de divisão, em que se colocam segmentos das sociedades uns contra os outros.  Na verdade, temos que trabalhar juntos. Precisamos assumir essa responsabilidade em ações de melhoria da saúde, questão tão necessária para o nosso cidadão e tão importante para a indústria.”

Durante o evento, Jason Lang, do Center of Desease Control (CDC), ligado ao governo dos Estados Unidos, realizou uma apresentação em que destacou a importância da saúde do trabalhador e as várias maneiras que as empresas têm de colaborar nesse sentido. Ressaltou a importância de preparar líderes que saibam  conduzir o processo de promoção da saúde dentro das empresas. Chamou a atenção, ainda, para o problema da queda de produtividade relacionada a doenças no trabalho.

Ele destacou a importância de se oferecer educação em saúde, realizar avaliações da saúde do trabalhador, criar um ambiente de trabalho saudável, com apoio em estrutura e técnico para os trabalhadores, além de fortalecer o vínculo entre empregadores e funcionários.

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Glauco José Côrte, presidente da FIESC

 

O fórum contou ainda com um rico debate envolvendo diversos agentes, como líderes industriais, de agências de saúde  e de medicina do trabalho, entre outros. Nas discussões, conduzidas pela professora da FGV Ana Maria Malik, foram destacados pontos de convergência e, outros, de divergência que, conjuntamente, apontaram para a necessidade de um trabalho articulado entre todos.

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Jason Lang, do Center of Desease Control (CDC)

 

Por fim, foram destacados por Giovanni Cerri e pelo superintendente do SESI/SC, Fabrizio Machado Pereira, os principais pontos e necessidades abordados, conforme listados abaixo:

  1. empresas reconhecerem as suas próprias responsabilidades em criar um ambiente saudável de trabalho e promoção da saúde;
  2. promover encontros estratégicos com CEOs e diretores de empresas sobre o tema;
  3. fortalecer o papel do empregador como um agente importante  na promoção da saúde,
  4. estimular o desenvolvimento de plataformas de benchmarking para aprimorar os processos e os programas, que sejam disponibilizadas para todas as empresas;
  5. oferecer assistência técnica às empresas para a gestão integrada de saúde, inclusive com produtos e serviços costumizados;
  6. apoiar as empresas na interface com os planos de saúde
  7. No campo da inovação, estimular o desenvolvimento de tecnologias e serviços que melhorem, em escala, a saúde da população;
  8. Estimular parcerias para o desenvolvimento de promoção da saúde, partindo para a prática e para propostas concretas;
  9. Inserir a saúde na pauta da educação em geral e das escolas, especificamente, tanto quanto ao currículo para os alunos como na formação pedagógica para os professores.

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 Carla Decotelli, diretora de saúde e produtividade da GSK