Cerri esteve entre os convidados do III Congresso de Direito Médico e da Saúde e fez análise sobre o papel do ICOS para o setor
O Presidente do Instituto Coalizão Saúde, Giovanni Cerri, esteve entre os convidados do III Congresso de Direito Médico e da Saúde, realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil – OAB. Cerri participou do painel “Tendências e Inovações no Ecossistema de Saúde” e respondeu pergunta sobre a importância de pactos entre os diferentes agentes da cadeia de saúde, cenário no qual discorreu sobre a criação e a vocação do ICOS. Confira a íntegra da resposta:
“O pacto [entre diferentes agentes que formam a cadeia de saúde] continua sendo necessário, assim como era há 10 anos. Na verdade, é ainda mais urgente, diante dos desafios crescentes na saúde.
Foi com base nessa necessidade que, em 2014, criamos o Instituto Coalizão Saúde, justamente para promover esse pacto. O ICOS reúne toda a cadeia produtiva da saúde, com a participação de entidades representativas dos hospitais, incluindo hospitais de excelência, a Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), a CMB (Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos), as Santas Casas, além das operadoras de saúde e indústrias farmacêutica e eletromédica. O objetivo sempre foi construir uma agenda conjunta, buscando propostas que atendam aos interesses da população.
Após 10 anos, posso dizer que esse modelo teve sucesso. Durante a transição de governo, várias das propostas do setor de saúde foram incorporadas, com destaque para a criação da Secretaria de Saúde Digital, no Ministério da Saúde, e a priorização do Parque Industrial da Saúde no Brasil. Isso se mostrou essencial, especialmente após a pandemia, quando o Brasil enfrentou a falta de produção local de insumos de saúde. Além disso, houve avanços nas discussões sobre sustentabilidade e nas parcerias público-privadas.
Embora haja conflitos entre operadoras, hospitais e a indústria, o sistema de saúde pode funcionar de maneira harmônica, focando nos objetivos comuns. Essa colaboração entre os diferentes setores da saúde não é utópica. Apesar das dificuldades, ela é necessária.
Avançamos bastante nesse aspecto. Inclusive, já vemos esse conceito presente no Congresso Nacional, onde um grupo de parlamentares compreende a importância de enxergar o sistema de saúde de maneira integrada. Não adianta beneficiar apenas a indústria, os hospitais ou as operadoras; é preciso que toda a cadeia funcione de forma coesa para atender ao paciente.
Os desafios da saúde continuam a crescer. Um dos avanços recentes é o entendimento, até mesmo no Judiciário, de que as decisões precisam ser baseadas em subsídios técnicos. Isso representa um progresso importante.
Diante dessas dificuldades crescentes, é fundamental que a União também atue para compensar esses desafios”.
Assista à palestra completa do professor Giovanni Cerri no link abaixo (a partir de 7:57:04)